Recaída: como lidar com esse problema na dependência química

por Tauama de Moraes
CRP 11 - 07100

Você está buscando ajuda na luta contra a dependência química? A recaída é uma parte comum do processo, pois quando isso acontece, não significa que a batalha está perdida.

Entender que a recaída faz parte do processo de recuperação é crucial, mas saber como lidar com ela pode ser a chave para evitar retrocessos significativos. 

Neste post, vamos explorar os motivos pelos quais isso ocorre e discutir estratégias para prevenir e gerenciar essa situação. Se você ou alguém da sua família está lutando contra a dependência química, este post oferece ferramentas práticas para fortalecer o caminho para a recuperação. Boa leitura!

O que é a recaída na dependência química 

A recaída, no contexto da dependência química, refere-se ao retorno do uso de substâncias após um período de abstinência. 

Este é um fenômeno comum e muitas vezes considerado parte do processo de recuperação.

A dependência química é caracterizado por um desejo intenso e compulsivo de consumir drogas ou álcool, mesmo diante de consequências negativas. 

Quando uma pessoa tenta parar de usar a substância, ela pode passar por um período de abstinência que apresenta desafios físicos e psicológicos significativos.

A recaída ocorre em um contexto onde múltiplos fatores interagem simultaneamente, por exemplo:

  • Questões psicológicas
  • ambiente 
  • estresse 
  • exposição a gatilhos (locais ou pessoas associadas ao uso da substância)
  • não adesão de tratamentos de suporte.

Além disso, as mudanças no cérebro resultantes do uso prolongado de substâncias podem dificultar a capacidade do indivíduo de resistir ao impulso de usar novamente.

Mas não para por aí, é importante destacar que a recaída não indica falha, mas sim obstáculo no caminho da recuperação que precisa ser abordado com estratégias adequadas. Isso pode incluir ajustes no plano de tratamento, aumento do suporte terapêutico, e possivelmente, intervenções médicas.

O aprendizado obtido durante uma recaída pode ser crucial para fortalecer a resiliência do indivíduo e melhorar as estratégias de prevenção no futuro. 

Portanto, encarar uma recaída como um momento de aprendizado e ajuste é essencial para uma recuperação sustentável.

Por que a recaída acontece

A recaída pode acontecer devido a uma combinação complexa de uma série de fatores. Vamos detalhar cada um aqui para que você possa entender melhor:

Fatores biológicos

O uso prolongado de substâncias altera a química e a função do cérebro. Essas alterações podem afetar o sistema de recompensa do cérebro, aumentando o desejo pela substância mesmo após períodos de abstinência. 

Essas mudanças neurológicas podem tornar a pessoa mais suscetível a recaídas, especialmente em momentos de estresse ou quando exposta a gatilhos.

Fatores psicológicos

Emocionalmente, indivíduos podem recorrer ao uso de substâncias como uma forma de lidar com sentimentos negativos ou estressantes, como ansiedade, depressão ou raiva. 

Sem habilidades adequadas de enfrentamento ou se estes problemas de saúde mental não forem tratados, a probabilidade de recaída aumenta.

Fatores sociais 

O suporte social é fundamental na recuperação da dependência. A falta de uma rede de apoio ou a presença em ambientes onde o uso de drogas é comum pode facilitar a recaída. 

Além disso, pressões sociais ou conflitos interpessoais também podem levar ao uso de substâncias como forma de escape.

Fatores ambientais

Gatilhos ambientais, como visitar locais onde a pessoa costumava usar a substância ou encontrar-se com amigos que ainda usam, podem desencadear fortes desejos e levar à recaída. 

A presença de estressores ambientais, como problemas financeiros ou profissionais, também podem contribuir para a recaída.

Como evitar recaídas

Evitar recaídas no tratamento da dependência química é um processo contínuo que envolve várias estratégias proativas. Confira essas 6 dicas:

1. Desenvolva habilidades de enfrentamento

Aprender e praticar técnicas de manejo do estresse e resolução de problemas pode ajudar a lidar com as emoções e situações desafiadoras sem recorrer ao uso de substâncias.

2. Mantenha tratamento contínuo

Participar regularmente de sessões de terapia, seja individual ou em grupo, e seguir as orientações médicas são essenciais para manter a recuperação a longo prazo. 

Isso inclui a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a mudar padrões de pensamento e comportamento relacionados ao uso de substâncias.

3. Construa uma rede de apoio sólida

Amigos, familiares e grupos de apoio que entendem o processo de recuperação podem oferecer incentivo e compreensão. 

Participar de grupos como Alcoólicos Anônimos (AA) ou Narcóticos Anônimos (NA) também pode ser muito benéfico.

4. Evite gatilhos

Identificar e manter distância de pessoas, lugares e situações que estimulem o desejo de usar substâncias é crucial. Isso pode significar mudanças significativas no estilo de vida, como mudar de ambiente ou parar de frequentar certos locais.

5. Estabeleça metas e hobbies saudáveis

Encontrar novos interesses ou redescobrir antigos hobbies pode preencher o tempo livre e proporcionar satisfação e alegria, reduzindo a necessidade de buscar substâncias como forma de gratificação.

6. Aprenda a lidar com o desejo 

Técnicas como a “mindfulness” (atenção plena) podem ajudar a reconhecer e aceitar o desejo por substâncias sem agir de acordo com ele, permitindo que ele diminua com o tempo.

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